quarta-feira, 7 de abril de 2010

Poema da vida sertaneja

O cantar dos passarinhos
borbulhando em minha mente
numa saudade eminente
traz de volta os meus caminhos.
No quintal velha mangueira
dando sombra à churrasqueira
o lazer dos meus vizinhos.

Nas cordas do violão, mora
o fio de toda emoção
arrochando o coração
fazendo gemer quem chora.
Lá na porta da cozinha
suspira fundo a mãezinha
lembra alguém que foi embora.

A fumaça dribla o choro
da moçada no quintal
vão disfarce, não faz mal,
desse jeito dá namoro.
Sertanejo tem na raça:
- É na dor que vem a graça
da fortaleza de um touro.

Essa vida do sertão
cobre o leito do presente
abrigando a minha mente
com coisas do coração,
mesmo assim eu passo frio
tenho meu leito vazio
não tem corpo essa ilusão.

Dáguima Verônica de Oliveira

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